Você já ouviu falar da JenniCam?
5 Tópicos de Terça - As ideias mais interessantes que seus founders favoritos aprenderam essa semana
Toda terça-feira, 5 ideias na sua caixa de entrada com a curadoria especial de seus founders favoritos (dica: Lucas e Edu).
🥢 1. Quote da semana
Rejeições não são veredictos. São dados. Use-os.
🥢 2. Casos de startup: JenniCam, a primeira camgirl
JenniCam foi um site criado por Jennifer Ringley em 1996, quando ela tinha só 19 anos e estava na faculdade.
Ela simplesmente ligou uma webcam no dormitório dela e começou a transmitir sua vida 24 horas por dia pro mundo inteiro na internet.
A tecnologia era bem básica, a cada 15 segundos a página atualizava com uma nova foto em preto e branco. Não parece nada hoje em dia, mas na época foi revolucionário. Antes disso, as webcams mostravam no máximo aquários ou cafeteiras aleatórias. Ela foi a primeira pessoa de verdade a transmitir a vida dela online.
O site bombou. No auge, tinha 3 a 4 milhões de visualizações por dia. Jenni apareceu no programa do David Letterman, no The Today Show, virou celebridade. Em 1997, ela começou a cobrar 15 dólares por ano pra quem quisesse acesso completo.
A Jennifer foi criada como nudista, então ela não escondia nada. Mostrava ela estudando, comendo, transando, tudo. Teve até um escândalo em 2000 quando filmaram ela fazendo sexo com um cara que era noivo de uma amiga dela.
Pra muita gente, o mais legal da JenniCam era justamente o mundano. As pessoas entravam no site enquanto lavavam louça e viam ela fazendo a mesma coisa, criava uma conexão estranha. Ela era acessível, conversava com o pessoal no chat do site.
Tudo acabou de repente em 2003 quando o PayPal mudou as regras e ela não conseguiu mais processar pagamentos por causa da nudez. Depois disso, ela sumiu completamente. Se mudou pra Califórnia e nunca mais apareceu online.
A JenniCam basicamente inventou tudo que a gente vê hoje. Reality show, influencer, a galera se expondo nas redes sociais. Ela fez isso 20 anos atrás, antes do Youtube, Twitch, Onlyfans ou qualquer coisa assim.
🥢 3. Novo site do Posthog
O Posthog fez um site novo ha uns meses e desde então, eu to na dúvida se posto aqui ou não.
Decidi postar.
Cara, é o site mais inovador que eu vi nos ultimos tempos. O site se comporta como se fosse a janela do seu computador. E você pode navegar por várias e várias coisas.
Como por exemplo, ir na LIXEIRA..
Na lixeira, tem coisas que eles assumem que deveriam estar la, como:
* Google Analytics
* Script de vendas do Posthog
* Fotos de pé dos funcionários (?!)
Poderia passar mais tempo falando das paradas bizarras/criativas que tem no site, mas o melhor que você pode fazer agora é o que os japoneses chamam de
現地現物....
ou “Genchi genbutsu”....
Ou, traduzindo para o bom português,
“Vá e veja com seus próprios olhos”: https://posthog.com
Pausa rápida para fazer nosso próprio jabá — sim, viramos (ou voltamos a ser) aqueles caras que vendem camiseta pra bancar as despesas.
Se você se amarra em conteúdo startupeiro, agora fazemos roupas pra você assumir isso publicamente.
Clique aqui e veja com seus próprios olhos:
🥢 4. Posthog explicando porque são como são
Falando em Posthog, se liga nesse texto explicando porque eles são como são:
“Conhecemos fundadores de sucesso que estão cheios de arrependimento (mesmo fazendo 100 milhões de USD em receita anual). O arrependimento comum entre todos eles foi ter abandonado o motor de crescimento orgânico (pessoas recomendando o produto) e ter passado a focar em vendas. Todos acabaram saindo do negócio. Foi por isso que eles nos contaram essas coisas.
Como isso acontece? À medida que foram crescendo, começaram a mudar o foco: deixaram de construir para os usuários e passaram a construir para os compradores, tentando otimizar o crescimento da receita. Com o tempo, isso matou o crescimento boca a boca, o que os obrigou a trabalhar cada vez mais para fechar cada venda. Então ficaram ainda mais “vendedores” e o ciclo continuou. Tornaram-se empresas focadas em ganhar dinheiro construindo um produto, em vez de empresas focadas em construir um ótimo produto.
Nós não vamos cometer esse erro.”
Não me entenda mal. Eu sei que focar em vendas dá resultado. Eu só não gosto mesmo.
Mas não conheço ninguém que faz esforço para amigos testarem ClickUp, Salesforce, Monday, Teams, etc, etc...
Ao contrário de Linear, Resend, Figma, Stripe...
Eu gosto mais do segundo tipo.
PS: O Zeno Rocha, founder do Resend, escreveu esse texto falando um pouco sobre essa diferença.
🥢 5. a16z sobre o estado da AI
Tava vendo um talk do Runtime, evento de AI da a16z, com os founders Marc (a)ndressen e Ben Horowit(z) falando sobre o estado da AI.
Marc insistiu que ainda estamos “early” no ciclo da AI e fez um analogia que achei interessante sobre interfaces. Ele disse que não acredita que teremos chatbots para sempre e que quando os computadores foram lançados tivemos 17 anos de terminal como a interface padrão.
Obviamente alguns anos depois isso mudou e hoje temos smartphones, AR, VR e até neuralinks surgindo como interfaces diferentes do que vimos no início. O mesmo deve acontecer com AI nos próximos anos no sentido dass interfaces se adaptarem ao uso.
No vídeo eles falam sobre vários outros assuntos como música, direitos autorais, capacidade de fazer ciência ou ser realmente inovador (e o quanto os próprios seres humanos são na prática). Pra quem quiser assistir, o link tá aqui.
PS: vale o disclaimer que os caras são donos de um dos fundos mais ativos em AI do planeta, obviamente carregam muitos viéses nas opiniões hehe
Opa… Você por aqui?
Que tal compartilhar essa edição com aquele amigo que curte startups?






