5 Tópicos de Terça #53
5 ideias mais interessantes que seus founders favoritos aprenderam essa semana
Toda terça-feira, 5 ideias na sua caixa de entrada com a curadoria especial de seus founders favoritos (dica: Lucas e Edu).
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🥢 1. Gerenciar medos e nao objetivos
Tim Ferriss mudou minha vida. Um livro dele me ajudou a me demitir, montar uma startup, vender e alcançar minha independência financeira.
Devo muito a ele.
A mudança mais importante que o livro trouxe foi sobre como racionalizar/medir os meus medos para conseguir dimensionar o tamanho da MERDA caso tudo dê errado.
Quando fiz isso, percebi que se eu me demitisse e começasse uma empresa, mesmo que TUDO desse errado, o pior cenário seria:
Acabar o dinheiro que eu tinha juntado com muito esforço (100k BRL)
Voltar a morar com meus pais
Ter de arranjar um novo emprego e começar do zero
So que esse downside é BEM pequeno.
Depois de pensar assim, ficou muito mais fácil tomar a decisão de me demitir de um emprego médio/bom, num momento em que o desemprego estava alto:
O downside não era tão bizarro quanto eu pensava.
E o upside...
Ahhhh o upside...
Se desse certo, eu me resolveria financeiramente.
Graças ao bom Deus, deu certo.
O Tim Ferriss explicou o framework dele de mensurar os medos num Ted Talk de 8 minutos.
Recomendo MUITO que veja. É bem mais rápido do que ler o livro e faz você refletir sobre o que está fazendo com a vida.
PS: O livro em questão é o Trabalhe 4 Horas por Dia
🥢 2. O Playbook de FDE da Palantir
A vaga mais quente em tech no momento não é de dev, nem designer, nem PM. É de Forward Deployed Engineer (FDE).
Esses dias ouvi um podcast da YC com o Bob McGrew, que trabalhou no Paypal, foi executivo na Palantir e liderou o desenvolvimento do ChatGPT. Sim, o currículo do cara é lendário.
Bob conta que fez uma palestra em um evento da YC sobre AI e, ao terminar, ele tinha certeza que seria bombardeado de perguntas sobre o ChatGPT. Pra surpresa dele, todas as perguntas dos founders de startups de AI eram sobre o modelo de FDE da Palantir.
Pra quem não conhece (deveria), a Palantir é uma empresa de tech de defesa e inteligência fundada por Peter Thiel. A empresa com nome de um objeto mítico de O Senhor dos Anéis está avaliada em U$450 bi e viu suas ações crescerem 1.800% desde que abriu capital em 2020.
A Palantir cresceu fazendo “things that don’t scale, at scale” e o grande responsável por isso foi seu modelo de FDE.
Um Forward Deployed Engineer é exatamente o que o termo indica que seria. Um engenheiro que fica alocado dentro da operação do cliente.
Como alguns dos primeiros clientes da Palantir incluíam agentes da CIA (espiões), não tinha como tocarem um processo de discovery padrão perguntando o que eles faziam e quais suas rotinas (provavelmente eles não iriam responder).
Fora que ninguém do time tinha sido um espião, então também não tinham como usar o próprio expertise para construir o produto.
A solução é ficar próximo do dia a dia e descobrir esses problemas em primeira mão. Com o grande desafio de entender quais problemas são melhores resolvidos por software, resolvê-los para um cliente e depois generalizar a solução para os demais.
Antes de ser uma queridinha entre a bolha startupeira, a Palantir foi vista como patinho feio e uma empresa longe das melhores práticas de tech, muito mais parecida com uma consultoria (instant turn off para VCs).
O que a startup de Thiel fez bem, foi construir sua empresa como uma plataforma onde seus times pudessem construir soluções em cima e garantir que teriam escalabilidade.
O paralelo com as startups de AI é que, assim como a Palantir, elas estão em mercados onde não há incumbentes e os times que estão construindo as soluções muitas vezes não tem profundidade de conhecimento de domínio.
A solução? FDE!
Embora isso seja muito mais fácil de falar do que fazer...
PS: Tenho pensado muito sobre isso recentemente enquanto construo uma startup de AI. Aparentemente o Marty Cagan também.
PS2: Se quiser saber mais, recomendo esse texto aqui do Adam Judelson no Lenny.
🥢 3. Como genius descobriu que o Google pegava suas letras
Nos últimos anos, Genius se consolidou como o melhor lugar pra encontrar letras de música. Além de mostrar a letra certinha, trazia contexto, curiosidades, gírias traduzidas, etc.
Em 2019 eles perceberam algo curioso.
As letras que apareciam no topo do Google (via aquele box automático) estavam CRIMINOSAMENTE parecidas com as letras do Genius.
Mas como que eles poderiam provar que o Google estava roubando suas letras sem dar crédito?
Tiveram uma ideia:
Começar a usar caracteres parecidos, porém diferentes.
Eles passaram a usar uma mix de apóstrofos (‘ e ’) que passavam a mensagem “red handed” em código morse.
Red Handed significa “pego no flagra” em inglês.
Adivinha o que aconteceu?
Pegaram o Google no flagra. Red-handed. Literalmente.
Genius processou o Google, mas acabou perdendo porque o Juiz disse que eles não eram os donos das letras. Só organizavam e exibiam. Mesmo com o Google usando as letras do Genius, o Genius não tinha direito autoral para brigar.
O fim da história é menos legal do que o meio ne?
Ou seria MAIS “legal”?
🥢 4. Esteves ainda tá no grind
Vi um post do Linkedin com essas fotos do André Esteves sozinho trabalhando no escritório sozinho no andar do BTG completamente vazio. Supostamente foi esse Sábado.
Achei emblemático. Mesmo já tendo conquistado tanta coisa, a mentalidade que o fez chegar na topo não vai embora (e provavelmente é por isso que continua lá).
E pra você, isso mostra um gênio obcecado ou compulsivo solitário?
PS: Pô, quem regula a cadeira nessa altura? Não adianta nada ter Herman Miller desse jeito... Cuidado com a coluna, Esteves!
PS2: Pode ser só coisa de bilionário, o Gabe Newman da Valve trabalha sentado numa bola de Yoga. Eles é que devem estar certos…
🥢 5. Quote da semana
“Greatness needs luck, but it’s never by accident.”
“A grandeza precisa de sorte, mas nunca acontece por acaso.”
PS: Já ouviu o último episódio do OFF THE GRID? Confere aqui.
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