5 Tópicos de Terça #47
5 ideias mais interessantes que seus founders favoritos aprenderam essa semana
Toda terça-feira, 5 ideias na sua caixa de entrada com a curadoria especial de seus founders favoritos (dica: Lucas e Edu).
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🥢 1. Os 4 tipos de funcionários (Valor x Entrega)

As pessoas podem ser aderentes aos valores da empresa ou não. E podem entregar ou não.
Isso cria 4 tipos de funcionários:
O que tem os valores da empresa e entrega
Promova-o sempre. Essa pessoa é rara de encontrar e deve ser recompensada pelo valor que entrega à empresa.
Tem os valores, mas não entrega
Valores são mais difíceis de se encontrar do que skills. Skills são fáceis de ensinar. Essa pessoa precisa de treinamento e acolhimento. Dê chances para que ela comece a entregar. Fique próxima dela e de o ambiente para que consiga começar a entregar. Se depois de um tempo, ainda nao entregar, faz sentido demitir.
Não tem os valores e não entrega
Decisão simples e fácil: demita-o imediatamente.
Não tem os valores, mas entrega
Esse é o caso mais complicado e problemático. Essa pessoa precisa ser demitida imediatamente, porque ela contamina o ambiente. Só que é muito dificil demitir uma pessoa que entrega muito.
"Como vou conseguir substituir?"
"Quando der, demito... mas agora não dá"
O problema é que quanto mais tempo você demora para demitir essa pessoa, mais ela contamina quem é aderente aos valores.
Inevitavelmente chega o momento que essa pessoa sai. Ou ela pede para sair (o trabalho é ruim para ela também, visto que ela não adere aos valores) ou você demite.
Nesse momento você percebe que ela não era insubstituível e que ela causou muito mais dano do que deveria por sua falta de proatividade na demissão.
Antes que venha jogar pedras em mim falando "Quem é você para falar isso", saiba que não fui eu que disse isso. Foi o Jack Welch.
🥢 2. I’m rich and I have no idea what to do with my life

Um dos melhores textos que li esse ano é Vinay Hiremath, founder do Loom. Ele vendeu sua empresa por quase U$ 1 bi e fez uma grana que muda qualquer vida. E então escreveu o post mais brutalmente honesto sobre o que acontece depois que você "chega lá" de todos.
Spoiler: Não é o que você imagina.
A parte que me quebrou: "Tudo parece uma side quest, mas não de uma forma inspiradora."
Cara, esse maluco tinha liberdade infinita e se sentia... vazio.
Ele tentou robótica (sua "fase cringe de querer ser o Elon"), terminou com a namorada, escalou montanhas no Himalaia sem treinamento algum, trabalhou no DOGE por 4 semanas, e agora está estudando física no Hawaii.
Tudo porque não conseguia responder uma pergunta simples: E agora?
O que ninguém te conta sobre "chegar lá" é que as traves do gol não desaparecem quando você ganha. Elas se multiplicam.
Quando você está na luta, você tem clareza. Construir produto. Conseguir usuários. Levantar grana. Sobreviver. A missão é óbvia e clara.
Mas quando você tem sucesso? Quando as pressões externas saem de cena? É aí que as internas aparecem. As inseguranças que você engoliu. A crise de identidade que você adiou. A pessoa que você precisou se tornar versus quem você realmente é.
A jornada desse fundador não é sobre ser rico e confuso. É sobre algo que todo fundador enfrenta mas raramente admite:
Nós otimizamos para resultados, não para quem nos tornamos no processo.
Esse texto me ensinou que a transição mais difícil não é de pobre para rico. É de motivado para livre.
Quando você passa uma década correndo atrás de algo, ficar parado faz você parecer que está caindo.
O dinheiro amplifica quem você é, mas não muda quem você é.
Uma frase que me marcou: "Por que sinto que só preciso estar numa jornada se ela for grandiosa?"
Acho que é porque fomos condicionados a pensar que se não estamos mudando o mundo, estamos desperdiçando nosso potencial. Mas talvez o trabalho real não seja construir o próximo unicórnio. Talvez seja construir a si mesmo.
Esse founder está fazendo algo radical no Hawaii. Ele não está otimizando para a próxima grande coisa. Está otimizando para clareza. Para verdade. Para se tornar alguém que ele realmente gosta de ser, não apenas alguém que parece bem-sucedido no LinkedIn.
E sinceramente? Esse pode ser o trabalho mais importante que qualquer um de nós já fez.
O que você faria com liberdade infinita e sem pressão externa? Pense de verdade. A resposta pode te surpreender.
🥢 3. Sabedoria Estoica

Epicteto começou a vida como escravo. Passou trinta anos acorrentado. Sendo torturado fisicamente até ficar manco para sempre.
A maioria das pessoas colocaria essa história na pasta “vida trágica” e se daria por vencida.
Não Epicteto.
Ele transformou isso num hack para a liberdade.
Na época, os romanos achavam que só homens livres podiam ser educados. Mas Epicteto enxergava o contrário.
Seu mestre trabalhava para Nero, o rei do caos. Vivia cercado de riqueza, poder e status.
E mesmo assim aqueles caras eram prisioneiros. Acorrentados pelo ego. Pela raiva. Pelo impulso. Pelo medo.
Epicteto percebeu que liberdade não era sobre seu status legal. Liberdade era sobre a sua mente.
Ignorância? Correntes.
Emoções descontroladas? Correntes.
Correr atrás de qualquer desejo? Mais correntes.
A sabedoria era a chave libertadora.
A verdade é que ninguém nasce sábio. Nem o escravo, nem o imperador.
Sabedoria se conquista. Do jeito difícil.
Lendo. Pensando. Repetindo.
Tomando porrada da vida e perguntando: “Qual é a lição aqui?”
Epicteto resume da seguinte forma: Discuta menos. Sinta menos raiva. Fique menos chateado.
Viva com tranquilidade e em um “flow suave”.
A minha interpretação é: ajuste a sua mente e você pode ser livre em qualquer lugar. Até mesmo acorrentado.
PS: Essa semana quis escrever um tópico diferente e compartilhar um pouco de sabedoria estoica. Se achou nada a ver manda seu feedback no fim da news.
🥢 4. Age of Vibe

Vi uma entrevista do David Perrel (o cara do How I Write, que é um dos meus podcasts preferidos do momento) no TBPN falando sobre estarmos na “Era do Vibe”.
No mundo cada vez mais dominado por AI, ele argumenta que está tentando otimizar para “rizz” (carisma) e vibe. O mundo irá valorizar cada vez mais autenticidade e um grande desafio é entender qual é sua vibe única e como deixar isso transparecer nos seus conteúdos.
É assim que pessoas e negócios vão se conectar no futuro.
No mundo onde inteligência é barata e abundante, ser autêntico é que gera conexão e diferenciação.
PS: Será que essa é a Era do Golden Retriever? Onde ser “hot, friendly and dumb” se paga.
🥢 5. Quote da semana

"We buy things we don't need with money we don't have to impress people we don't like"
Fight Club
Apenas uma frase pra te fazer pensar no por quê que você faz as coisas. Quando vivemos no automático, acabamos fazendo exatamente o que a frase diz.
Já que essa foi uma edição reflexiva, use esse momento para parar e pensar no que realmente importa na sua vida.
PS: A partir de quarta-feira estaremos em Floripa para o Startup Summit. Se você estiver por lá, procura a gente pra dar um alô pessoalmente!
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