5 Tópicos de Terça #36
5 ideias mais interessantes que seus founders favoritos aprenderam essa semana
Toda terça-feira, 5 ideias na sua caixa de entrada com a curadoria especial de seus founders favoritos (dica: Lucas e Edu).
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🥢 1. Casos de Startup - Livro dos recordes

Growth Hacking é um termo novo, mas a prática é antiga.
Em 1954, o dono da cervejaria Guinness está num bar com os amigos e o assunto vira "Qual é a ave de caça mais rápida da Europa?"
Hoje em dia, quando surge uma discussão dessas, alguém pega o celular, traz a resposta e mata a resenha.
Naquela época não.
Aquela discussão se tornou interminável, com pessoas apostando que era uma ou outra.
Eis que ele tem uma visão:
"E se eu fizer um livro com as resposta pra todas essas discussões de bar?"
Ele batizou o livro com o nome de sua cerveja: Guinness.
No começo, ele era dado como brinde em pubs. Fomentava a galera a ficar mais e acabar bebendo mais.
Mas com o sucesso instantâneo, virou um produto por si so e passou a ser vendido.
Hoje, o livro dos recordes gera uma receita de 100 milhões de dólares por ano. Nada mal.
🥢 2. AI horseless carriage

Sempre que uma nova tecnologia surge, as primeiras ferramentas criadas com ela inevitavelmente dão errado porque imitam o jeito antigo de fazer as coisas.
Experimentando produtos de AI, várias vezes tenho a sensação de que alguns deles são menos produtivos ou piores do que o jeito antigo de fazer uma tarefa.
Um dos textos mais interessantes que li falando sobre isso foi do Pete Koomen, partner da YC, comparando esse tipo de solução as "Horseless Carrieges".
Horseless Carriege se refere ao design dos primeiros automóveis, que basicamente pegaram carruagens de cavalos e acoplaram um motor a vapor a elas.
Se você vivesse em 1803, provavelmente preferiria uma carruagem tradicional com cavalos ao invés desse design sem suspensão, com banco de madeira e um motor quente embaixo de você. Isso se seu carro não desmontasse no caminho.
Estamos em um momento parecido com AI. Muita gente ainda prefere o jeito antigo - como um cavalo ou fazer as coisas manualmente - ao invés do novo - um motor ou LLM - pelo simples fato das soluções serem mal projetadas.
Quer um exemplo? A feature do Gemini no Gmail.
Escrever um e-mail com ela é tão ruim e requer tantas iterações para soar natural que na maioria das vezes é mais fácil só escrever a resposta direto.
Por isso, antes de construir, sempre penso sobre quais são problemas que valem a pena serem resolvidos com AI.
Principalmente quais problemas não eram possíveis de ser resolvidos antes e agora são possíveis graças aos avanços dos LLMs.
🥢 3. Como criar uma startup

Sempre que um amigo vem até mim pedindo pitacos sobre sua ideia de startup eu dou a mesma resposta:
"Faça esse curso. Se você ainda tiver essas dúvidas depois de terminar, vamos debater."
As (poucas) pessoas que de fato fizeram o curso me agradecem até hoje por ter indicado.
O curso é de graça, divertido e curto. Foi criado pelo Steve Blank, que é uma das vozes mais influentes do Vale do Silício.
Se você quer fazer uma startup e não tá disposto a dedicar umas 2 horinhas ouvindo o Steve Blank te ensinar, tenho más noticias para você.
PS: estou falando sobre isso aqui depois de perceber que uns 30% da nossa base de leitores são pessoas que ainda estão em seu emprego CLT, mas flertam com a ideia de empreender.
🥢 4. Top 50 investidores de unicórnios

O professor de Stanford Ilya Strebulaev analisou mais de 1,500 unicórnios e de 11,000 investidores pra montar esse ranking dos top 50 investidores de unicórnios dos US.
🥢 5. Do the thing
Vi esse texto no Strangest Loop e traduzi pra compartilhar com você.
Aqui está uma lista de coisas que não são fazer "a coisa":
"Preparar-se para fazer a coisa não é fazer a coisa.
Agendar tempo para fazer a coisa não é fazer a coisa.
Fazer uma lista de tarefas para a coisa não é fazer a coisa.
Contar para as pessoas que você vai fazer a coisa não é fazer a coisa.
Mandar mensagem para amigos que podem ou não estar fazendo a coisa não é fazer a coisa.
Escrever um tweet incrível sobre como você vai fazer a coisa não é fazer a coisa.
Se odiar por não fazer a coisa não é fazer a coisa.
Odiar outras pessoas que fizeram a coisa não é fazer a coisa.
Odiar os obstáculos no caminho de fazer a coisa não é fazer a coisa.
Fantasiar sobre toda a adoração que você receberá quando fizer a coisa não é fazer a coisa.
Ler sobre como fazer a coisa não é fazer a coisa.
Ler sobre como outras pessoas fizeram a coisa não é fazer a coisa.
Ler este texto não é fazer a coisa.
A única coisa que é fazer a coisa é fazer a coisa."
Espero que você já saiba o que fazer.
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