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5 Tópicos de Terça #22
Top 5 coisas mais interessantes que vimos/aprendemos essa semana
Toda terça-feira, 5 ideias na sua caixa de entrada com a curadoria especial de seus founders favoritos (dica: Lucas e Edu.).
🥢 1. Não é o first to market que vence. É quem faz isso…

O vencedor provavelmente não será o primeiro a entrar no mercado. Quase nunca é:
Google não inventou a busca
Facebook não inventou as redes sociais
Airbnb não inventou o aluguel de temporada
Apple não inventou o laptop, o reprodutor de MP3, o tablet ou o celular.
Então, quem será?
O vencedor será o primeiro a descobrir como fazer isso corretamente. Será a primeira equipe a descobrir todas as milhares de pequenas coisas que tornarão este um negócio bem-sucedido.
Suas equipes de produto e engenharia precisam descobrir os requisitos dos usuários para definir o produto ideal.
Suas equipes de vendas e marketing precisam descobrir onde encontrar muitos clientes e como atraí-los.
Sua equipe de suporte precisa descobrir quais problemas os clientes terão e a maneira mais eficiente de resolvê-los.
Sua equipe de compliance precisará descobrir como satisfazer os requisitos legais rapidamente sem sobrecarregar seus clientes ou funcionários.
E alguém precisará descobrir como transformar todo esse entusiasmo do cliente em um fluxo sólido e previsível de receita.
Resumindo, seu sucesso depende da sua capacidade de descobrir muitas coisas rapidamente — a capacidade da sua equipe de descobrir. E esse é todo o meu ponto: trabalho duro não é suficiente. O sucesso de qualquer startup depende do ritmo e da qualidade do aprendizado. Portanto, para ter sucesso, uma startup em estágio inicial precisa se tornar um instrumento de descoberta.
Trecho retirado do livro “Growth Levers and How to Find Them”, de Matt Lerner.
Preciso fazer algum comentário depois dessa pedrada? Acho que não, né?
🥢 2. O Playbook da Rocket Internet
Se você já acompanha startups há algum tempo, deve se lembrar da Rocket Internet.
A Rocket foi uma "incubadora" de startups lendária fundada por três irmãos na Alemanha nos tempos onde tudo ainda era mato no ecossistema startupeiro por aqui.
As aspas no termo incubadora foram propositais, porque tem muita gente que odiava a Rocket e seu modus operandi.
Eles basicamente copiavam modelos de negócios de empresas americanas e levavam para outros mercados.

Startups que a Rocket Internet copiou
Tudo começou com o copycat do Ebay, que foi vendido por U$43 milhões. E adivinha que comprou? O próprio Ebay.
Depois disso vieram cópias do Groupon, Zappos, Airbnb e muitas outras. O playbook era sempre o mesmo, crescer rápido e fazer um exit.
A Rocket era famosa pela agressividade com que fazia tudo. Recrutavam founders para tocar essas empresas e ficavam com 80% a 90% do negócio. E uma vez que começavam, sempre escalavam muito rápido investindo pesado em pessoas e marketing.
No auge, chegaram a lançar uma startup a cada 7 dias.
Aqui no Brasil foram sócios da Dafiti, EasyTaxi, Mobly e Kanui.
Brian Chesky, do Airbnb, foi um dos primeiros a apontar o dedo as práticas questionáveis do grupo e se recusar a comprar o Wimdu, clone europeu de sua startup.
Depois de 20 anos obtendo relativo sucesso, a partir de 2019 a Rocket começou a enfrentar problemas no seu modelo por conta da sua reputação, dificuldade de manter o dealflow com termos agressivos e encarecimento das mídias de performance.
O mais impressionante de tudo é que esse playbook todo foi premeditado na tese de conclusão de curso de Oliver Samwer, um dos fundadores da Rocket, escrita em 1998 após visitar o Vale do Silício.
Se quiser saber mais dessa história, vale a pena assistir esse vídeo.
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