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[04/19] Sobre dar errado dando certo
Movido a pessoas incríveis, parte 4 de 19
Esse texto faz parte de uma série que revela a história não contada sobre como criei a maior plataforma de print on demand da América Latina sem saber nada do mercado, ter família rica ou levantado milhões de reais. Também é a história da minha vida e de como construí a Touts.
Fui influenciado pelo Eduardo Belotti e estou escrevendo essa história em partes, postando um capítulo por semana dessa aventura. Esse é o capítulo 4 de 19 - encontre os demais capítulos aqui.

A essa altura eu estava muito feliz trabalhando na Vandal fazendo as partes bem pouco glamourosas do negócio. Mas o lado acadêmico da minha vida estava de mal a pior.
Depois desses anos na empresa junior e tendo alguma experiência empreendendo, ficou claro para mim que eu não queria ser engenheiro eletricista – sim, esse é o termo correto para se referir a quem se forma em Engenharia Elétrica.
Eu estava decidido que queria ser um empreendedor e que jamais ficaria calculando linhas de tensão como funcionário de outras empresas, muito menos prestaria concurso ou trabalharia no setor público.
Consultoria e mercado financeiro também já tinham perdido o apelo.
A partir do terceiro período eu comecei a frequentar a faculdade só para continuar sendo membro da Fluxo.
No período seguinte eu reprovei minha primeira matéria: Física Experimental. O que me fez ter certeza de que eu precisava largar a faculdade foi eu ter reprovado por falta.
E o pior: eu passava a maior parte do meu dia no Fundão, só que na sala da Empresa Junior trabalhando como voluntário!
Poucas semanas depois de começar a trabalhar, eu tranquei minha matrícula na faculdade.
Foi uma das decisões mais difíceis que já tinha tomado na vida.
Até porque eu ganhava uma bolsa da Petrobras para estudar, e a bolsa era maior que meu salário. Largar a faculdade obviamente implicava em abrir mão dessa bolsa.
Eu estava decidido que me dedicaria a empreender e num futuro próximo buscaria outra graduação mais alinhada com meus objetivos – acabei me formando alguns anos depois em administração na PUC, o que foi ótimo.
Eu tinha convicção de que essa decisão, que parecia a coisa mais importante do mundo naquele momento, num horizonte maior de tempo faria muito sentido.
Voltando aos negócios, essa época dos primórdios da Vandal foi muito divertida.
Éramos basicamente Arturo, Ricardo e eu em uma salinha de servidores no canto do escritório da Elo Group, no Centro do Rio de Janeiro, ouvindo playlists de punk rock no 8tracks e tocando o negócio.
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